BB vai enxugar estrutura e conta vai para o povo

22/11/2016 - 08:40

Banco público é a bola da vez do ataque golpista de Temer. Sucateamento da máquina públicv

O prometido plano de governo do ilegítimo Michel Temer (PMDB) começava com crescer e desenvolver, mas, até agora, o que o Brasil assiste é a aplicação do diminuir, sucatear, cortar e enxugar.

O Banco do Brasil (BB) é a bola da vez nesse processo e, sem dialogar com os trabalhadores, anunciou o corte de agências. A expectativa é que 397 serão transformadas em postos de atendimento e outras 402 sejam fechadas.

Segundo o levantamento da Contraf (Confederação dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro), ao menos 10 mil trabalhadores vão deixar o BB ao longo de 2017, o que impacta diretamente no tempo de esperar para atendimento nas agências e mesmo em caixas automáticos.

Como já ocorre em algumas regiões, até mesmo terminais de atendimento de caixas automáticos deixarão de funcionar aos finais de semana e fora do período que vai das 9h às 18h.

Postos de atendimento

Coordenador da Comissão de Empresas de Funcionários do Banco do Brasil da Contraf, Wagner Nascimento, explica que a transformação de agências em postos de atendimento reduz os serviços prestados e que o fechamento de agências, apesar de não ser sinônimo de demissão, faz com que o número de bancários seja reduzido e se tornem ‘excedente’.

Além de afetar a população, a mudança mexe com os trabalhadores, que terão de se deslocar para regiões distantes da cidade em relação aos lugares onde já estão estabelecidos.

A situação deve ficar ainda mais grave com o Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentiva (PEAI), de adesão voluntária até o início de dezembro, com incentivo a quem está próximo da aposentadoria e que deve tirar da praça oito mil bancários sem reposição.

Diante do cenário, Nascimento explica que a Contraf cobrará da direção do banco um detalhamento do plano. A primeira reunião com a direção do BB está marcada para esta terça-feira (22), às 10h. “Queremos saber onde fechará, onde irá virar posto, quais unidades serão extintas, quais os prefixos de fato terão mexida para podermos posicionar nossa base. Nossa reivindicação é que excedentes não percam seus cargos e que a população não seja desassistida”, disse.