Dirigentes do MSI debatem negociação coletiva em tempos de desregulamentação das leis trabalhistas

“Se o negociado vale sobre o legislado, é preciso valorizar ainda mais a negociação coletiva”, diz Cida Trajano

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 21/02/2020 - 17:42 • Última modificação: 28/02/2020 - 10:40 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 21/02/2020 - 17:42 Última modificação: 28/02/2020 - 10:40

Divulgação

                Florianópolis – De 18 a 20 desse mês, dirigentes ligados ao Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) na região sul do país participaram do segundo módulo do curso Formação e Capacitação Sindical: Resistência, Organização e Luta, realizado em parceria com o TID Brasil e  Solidarity Center, entidade ligada à AFL-CIO, maior central sindical norte-americana.

Acompanhe as atividades do programa de formação do MSI AQUI.

               O módulo destacou a importância da negociação coletiva como forma de garantir direitos e ampliar a ação sindical nos locais de trabalho. “A negociação coletiva ganhou um caráter de resistência após a reforma trabalhista e outras formas de desregulamentação da legislação do trabalho promovidas pelos governos Temer e Bolsonaro”, afirma Cida Trajano, coordenadora do MSI.

                A dirigente destaca que grande parte dos sindicatos garantiu, por meio de convenções e acordos coletivos de trabalho, direitos que foram flexibilizados ou retirados pela reforma trabalhista de 2017. “Se o negociado vale mais que o legislado, é preciso valorizar ainda mais a negociação coletiva, assim como ampliar as pautas. Questões econômicas são fundamentais, mas também é preciso garantir na mesa de negociação pautas sobre igualdade de gênero, juventude, políticas contra o bullying no ambiente e trabalho (um problema que afeta principalmente trabalhadores e trabalhadoras LGBTs) e combate à discriminação racial”,  frisa a sindicalista.

Treino

                O curso contou com uma oficina de negociação coletiva onde foram realizadas simulações que levaram os cursistas a compreenderem e treinarem técnicas importantes para o avanço do diálogo e fechamento de acordos. “O público do curso é formado por alguns dirigentes com ampla experiência em negociações coletivas e outros que jamais estiveram cara a cara com negociadores empresariais, assumindo a responsabilidade de representar os trabalhadores e trabalhadoras em suas reivindicações. Dessa forma, a oficina possibilitou o compartilhamento de experiências, o que é essencial na formação sindical”, avaliou Josenildo Melo, assessor da CNTRV, que foi um dos educadores responsáveis pelo curso ao lado de Darlene Testa, do Sinergia.

Plano de ação

                Fruto do primeiro módulo que apresentou o tema “Organização Sindical”, planos de ação com objetivos distintos foram sistematizados e apresentados pelos cursistas. Temas como comunicação, interação com a base, sindicalização, levantamento de pautas e realização de atividades específicas com vistas para a organização sindical no local de trabalho, foram expostos durante as apresentações.

A Secretária de Juventude da CNTRV, Jocelaine SouzaA Secretária de Juventude da CNTRV, Jocelaine Souza

A experiência norte-americana e os resultados das negociações de 2019

               Em videoconferência, a sindicalista norte-americana Jana Silverman, do Solidarity Center, relatou  os principais elementos da negociação coletiva nos Estados Unidos e falou dos avanços e desafios de seu país frente à organização sindical.  

                Já o presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, TID-Brasil, Rafael Marques, e o supervisor do escritório do Dieese em Santa Catarina, José Álvaro, apresentaram os resultados econômicos e políticos das negociações coletivas no Brasil em 2019, especialmente nos estados que integram a região sul do país. A crescente onda de práticas antissindicais no Brasil e nos Estados Unidos também foi assunto das palestras.

Módulo 3

                O terceiro é último encontro da etapa regional sul será realizado também em Florianópolis nos dias 31 de março e 1.º de abril. Com o tema “Comunicação para a Ação Sindical”, o módulo pretende contribuir para o fortalecimento da ação sindical nos locais de trabalho a partir do uso adequado das redes sociais e veículos sindicais de comunicação como sites, boletins e outros. 

 

Título: Dirigentes do MSI debatem negociação coletiva em tempos de desregulamentação das leis trabalhistas, Conteúdo:                 Florianópolis – De 18 a 20 desse mês, dirigentes ligados ao Macrossetor da Indústria da CUT (MSI) na região sul do país participaram do segundo módulo do curso Formação e Capacitação Sindical: Resistência, Organização e Luta, realizado em parceria com o TID Brasil e  Solidarity Center, entidade ligada à AFL-CIO, maior central sindical norte-americana. Acompanhe as atividades do programa de formação do MSI AQUI.                O módulo destacou a importância da negociação coletiva como forma de garantir direitos e ampliar a ação sindical nos locais de trabalho. “A negociação coletiva ganhou um caráter de resistência após a reforma trabalhista e outras formas de desregulamentação da legislação do trabalho promovidas pelos governos Temer e Bolsonaro”, afirma Cida Trajano, coordenadora do MSI.                 A dirigente destaca que grande parte dos sindicatos garantiu, por meio de convenções e acordos coletivos de trabalho, direitos que foram flexibilizados ou retirados pela reforma trabalhista de 2017. “Se o negociado vale mais que o legislado, é preciso valorizar ainda mais a negociação coletiva, assim como ampliar as pautas. Questões econômicas são fundamentais, mas também é preciso garantir na mesa de negociação pautas sobre igualdade de gênero, juventude, políticas contra o bullying no ambiente e trabalho (um problema que afeta principalmente trabalhadores e trabalhadoras LGBTs) e combate à discriminação racial”,  frisa a sindicalista. Treino                 O curso contou com uma oficina de negociação coletiva onde foram realizadas simulações que levaram os cursistas a compreenderem e treinarem técnicas importantes para o avanço do diálogo e fechamento de acordos. “O público do curso é formado por alguns dirigentes com ampla experiência em negociações coletivas e outros que jamais estiveram cara a cara com negociadores empresariais, assumindo a responsabilidade de representar os trabalhadores e trabalhadoras em suas reivindicações. Dessa forma, a oficina possibilitou o compartilhamento de experiências, o que é essencial na formação sindical”, avaliou Josenildo Melo, assessor da CNTRV, que foi um dos educadores responsáveis pelo curso ao lado de Darlene Testa, do Sinergia. Plano de ação                 Fruto do primeiro módulo que apresentou o tema “Organização Sindical”, planos de ação com objetivos distintos foram sistematizados e apresentados pelos cursistas. Temas como comunicação, interação com a base, sindicalização, levantamento de pautas e realização de atividades específicas com vistas para a organização sindical no local de trabalho, foram expostos durante as apresentações. A experiência norte-americana e os resultados das negociações de 2019                Em videoconferência, a sindicalista norte-americana Jana Silverman, do Solidarity Center, relatou  os principais elementos da negociação coletiva nos Estados Unidos e falou dos avanços e desafios de seu país frente à organização sindical.                   Já o presidente do Instituto Trabalho, Indústria e Desenvolvimento, TID-Brasil, Rafael Marques, e o supervisor do escritório do Dieese em Santa Catarina, José Álvaro, apresentaram os resultados econômicos e políticos das negociações coletivas no Brasil em 2019, especialmente nos estados que integram a região sul do país. A crescente onda de práticas antissindicais no Brasil e nos Estados Unidos também foi assunto das palestras. Módulo 3                 O terceiro é último encontro da etapa regional sul será realizado também em Florianópolis nos dias 31 de março e 1.º de abril. Com o tema “Comunicação para a Ação Sindical”, o módulo pretende contribuir para o fortalecimento da ação sindical nos locais de trabalho a partir do uso adequado das redes sociais e veículos sindicais de comunicação como sites, boletins e outros.   



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