IndustriALL: Novas tecnologias e modelos produtivos foram temas do segundo Encontro Nacional de Juventude

CNTRV participa do Projeto

Escrito por: Redação CNTRV • Publicado em: 24/09/2018 - 11:20 • Última modificação: 24/09/2018 - 11:28 Escrito por: Redação CNTRV Publicado em: 24/09/2018 - 11:20 Última modificação: 24/09/2018 - 11:28

Divulgação Jocelaine é uma das representantes do Ramo Vestuário da CUT.

   Realizado nos dias 13 e 14 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista, o segundo encontro de jovens sindicalistas ligados à IndustriALL (entidade global que representa trabalhadores dos setores metalúrgico, químico e têxtil/vestuário) debateu as transformações no mundo do trabalho decorrentes do processo de consolidação da Indústria 4.0.  Jocelaine Marcelino de Souza, dirigente do Sindicato dos Calçadistas de Riozinho/RS, e Wellington Silva,  do Sindicato dos Calçadistas de Itapetinga, interior da Bahia, participam do projeto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV.

Nova revolução industrial

                A Indústria 4.0 é considerada por muitos especialistas como a quarta revolução industrial. Embora já se faça presente em inúmeros processos produtivos, ela ainda é desconhecida pela maioria dos trabalhadores. O segundo encontro do projeto denominado Educação e Potenciação Sindical Regional da IndustriALL na Amércia Latina e Caribe, (Saiba como foi o primeiro),  debateu os impactos dessas mudanças tanto nos locais de trabalho quanto na sociedade. "Aprender sobre os elementos centrais da nova indústria e como eles impactam na vida e no trabalho das pessoas foi uma grande oportunidade. As novas tecnologias como impressão 3D, inteligência artificial, internet das coisas, biologia sintética e sistemas ciber-físicos, estão cada vez mais presentes na produção industrial. A juventude acompanha em tempo real este momento de transição do modelo produtivo e o conhecimento é um grande aliado para que os jovens trabalhadores organizem suas reivindicações e luta por melhores condições de trabalho a médio e longo prazo", analisou Jocelaine.

            Para Wellington, a possível redução das vagas na indústria a partir da robotização e implementação de novas tecnologias é algo a ser amplamente debatido entre movimento sindical, governo e empresários.  “A implementação da Indústria 4.0 poderá restringir ainda mais as vagas de emprego na produção industrial e isso, certamente, afetará a juventude trabalhadora. As entidades sindicais precisam se preparar para esta nova realidade. O Brasil vive um momento decisivo em que decidiremos qual projeto de governo será implementado nos próximos 4 anos. Muito se fala em geração de emprego e renda, mas a maioria dos candidatos sequer tocam no assunto sobre os impactos das novas tecnologias para o emprego”, frisou o sindicalista.

Wellington falou sobre a importância de se encontrar meios de reproduzir o conhecimento junto à juventudade da base dos sindicatosWellington falou sobre a importância de se encontrar meios de reproduzir o conhecimento junto à juventudade da base dos sindicatos

Indústria 4.0 e emprego

                Após precarizar as relações de trabalho e retirar direitos por meio da reforma trabalhista, o governo brasileiro lançou em 2018 uma agenda que visa a ampliação da Indústria 4.0. Os trabalhadores criticam a centralidade do programa em automação da produção sem a promoção de um debate social sobre alternativas para a manutenção dos empregos. A CUT cita os exemplos de países como a Alemanha e o Japão, que debatem democraticamente o tema há mais tempo e lideram esse processo de inovação. Nestes países, soluções como a redução da jornada de trabalho e a criação de novos vagas na economia criativa, são alternativas para a diminuição da necessidade da mão de obra humana em determinados processos da produção industrial.

 

Plano de ação

            No primeiro encontro, os cursistas receberam a tarefa de elaborar um plano de ação com vistas à organização da juventude em suas respectivas bases sindicais. Jocelaine, que também coordena a Secretaria Estadual de Juventude da Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul, apresentou um plano voltado para formação de jovens sindicalistas e cipeiros, fortalecimento da Federação por meio da participação da juventude e ampliação da sindicalização de trabalhadores com até 35 anos de idade às entidades filiadas à Federação.

            Para Wellington, o desafio será reproduzir para a juventude de sua base de atuação sindical, o conhecimento gerado a partir dos debates realizados pelo Projeto.

Saiba mais:

                Clique aqui e baixe o boletim especial sobre o Indústria 4.0 produzido pelo Sindicato dos Químicos do ABC para o projeto Ação Frente às Multinacionais na América Latina.

Título: IndustriALL: Novas tecnologias e modelos produtivos foram temas do segundo Encontro Nacional de Juventude, Conteúdo:    Realizado nos dias 13 e 14 de setembro, em Praia Grande, litoral paulista, o segundo encontro de jovens sindicalistas ligados à IndustriALL (entidade global que representa trabalhadores dos setores metalúrgico, químico e têxtil/vestuário) debateu as transformações no mundo do trabalho decorrentes do processo de consolidação da Indústria 4.0.  Jocelaine Marcelino de Souza, dirigente do Sindicato dos Calçadistas de Riozinho/RS, e Wellington Silva,  do Sindicato dos Calçadistas de Itapetinga, interior da Bahia, participam do projeto pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT, CNTRV. Nova revolução industrial                 A Indústria 4.0 é considerada por muitos especialistas como a quarta revolução industrial. Embora já se faça presente em inúmeros processos produtivos, ela ainda é desconhecida pela maioria dos trabalhadores. O segundo encontro do projeto denominado Educação e Potenciação Sindical Regional da IndustriALL na Amércia Latina e Caribe, (Saiba como foi o primeiro),  debateu os impactos dessas mudanças tanto nos locais de trabalho quanto na sociedade. Aprender sobre os elementos centrais da nova indústria e como eles impactam na vida e no trabalho das pessoas foi uma grande oportunidade. As novas tecnologias como impressão 3D, inteligência artificial, internet das coisas, biologia sintética e sistemas ciber-físicos, estão cada vez mais presentes na produção industrial. A juventude acompanha em tempo real este momento de transição do modelo produtivo e o conhecimento é um grande aliado para que os jovens trabalhadores organizem suas reivindicações e luta por melhores condições de trabalho a médio e longo prazo, analisou Jocelaine.             Para Wellington, a possível redução das vagas na indústria a partir da robotização e implementação de novas tecnologias é algo a ser amplamente debatido entre movimento sindical, governo e empresários.  “A implementação da Indústria 4.0 poderá restringir ainda mais as vagas de emprego na produção industrial e isso, certamente, afetará a juventude trabalhadora. As entidades sindicais precisam se preparar para esta nova realidade. O Brasil vive um momento decisivo em que decidiremos qual projeto de governo será implementado nos próximos 4 anos. Muito se fala em geração de emprego e renda, mas a maioria dos candidatos sequer tocam no assunto sobre os impactos das novas tecnologias para o emprego”, frisou o sindicalista. Indústria 4.0 e emprego                 Após precarizar as relações de trabalho e retirar direitos por meio da reforma trabalhista, o governo brasileiro lançou em 2018 uma agenda que visa a ampliação da Indústria 4.0. Os trabalhadores criticam a centralidade do programa em automação da produção sem a promoção de um debate social sobre alternativas para a manutenção dos empregos. A CUT cita os exemplos de países como a Alemanha e o Japão, que debatem democraticamente o tema há mais tempo e lideram esse processo de inovação. Nestes países, soluções como a redução da jornada de trabalho e a criação de novos vagas na economia criativa, são alternativas para a diminuição da necessidade da mão de obra humana em determinados processos da produção industrial.   Plano de ação             No primeiro encontro, os cursistas receberam a tarefa de elaborar um plano de ação com vistas à organização da juventude em suas respectivas bases sindicais. Jocelaine, que também coordena a Secretaria Estadual de Juventude da Federação Democrática dos Sapateiros do Rio Grande do Sul, apresentou um plano voltado para formação de jovens sindicalistas e cipeiros, fortalecimento da Federação por meio da participação da juventude e ampliação da sindicalização de trabalhadores com até 35 anos de idade às entidades filiadas à Federação.             Para Wellington, o desafio será reproduzir para a juventude de sua base de atuação sindical, o conhecimento gerado a partir dos debates realizados pelo Projeto. Saiba mais:                 Clique aqui e baixe o boletim especial sobre o Indústria 4.0 produzido pelo Sindicato dos Químicos do ABC para o projeto Ação Frente às Multinacionais na América Latina.



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