Novo presidente do TRT de São Paulo critica reforma trabalhista apoiada por Michel Temer

Para ele, a flexibilização das leis trabalhistas não criará novos empregos e trabalhadores perderão direitos

Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT • Publicado em: 19/08/2016 - 13:44 • Última modificação: 19/08/2016 - 21:20 Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT Publicado em: 19/08/2016 - 13:44 Última modificação: 19/08/2016 - 21:20

Divulgação Novo presidente do TRT de São Paulo Wilson Fernandes

Em entrevista à Rede Brasil Atual, o novo presidente da 2.ª Região do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, a maior do país, condenou a proposta apoiada por Michel Temer, em flexibilizar a legislação trabalhista.  Wilson Fernandes, não vê nenhuma relação entre a geração de empregos e a flexibilização das leis trabalhistas e considera que tal discurso é usado somente para “seduzir” parcela da sociedade e garantir o avanço de uma reforma trabalhista que retire direitos. “Os direitos foram se consolidando, por isso chamamos de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e de repente, num momento de dificuldade econômica, você pode pôr tudo isso a perder”, aponta.

Fernandes também critica o PLC 30, que tramita no Senado, sobre terceirização. "Acho que a terceirização precisa, sim, ser regulamentada. Mas entendo que o que deva ser regulamentado é a terceirização da atividade-meio, basicamente. Terceirizar a atividade-fim significa, nesse aspecto, precarização de direitos", afirma.

Justiça do Trabalho

Atualmente, os trabalhadores da Indústria são os que mais recorrem à Justiça do Trabalho para reclamar seus direitos. “Propostas como a flexibilização dos direitos trabalhistas e a predominância do negociado sobre o legislado, ambas com forte apoio do governo ilegítimo de Michel Temer, atingem em cheio os trabalhadores do setor vestuário. Somos um dos setores com forte índice de trabalho precário e a Justiça do Trabalho é a única esperança para a resolução de muitos conflitos. Se não houver direitos, não haverá o que reclamar”, lamenta Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV).

Título: Novo presidente do TRT de São Paulo critica reforma trabalhista apoiada por Michel Temer, Conteúdo: Em entrevista à Rede Brasil Atual, o novo presidente da 2.ª Região do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo, a maior do país, condenou a proposta apoiada por Michel Temer, em flexibilizar a legislação trabalhista.  Wilson Fernandes, não vê nenhuma relação entre a geração de empregos e a flexibilização das leis trabalhistas e considera que tal discurso é usado somente para “seduzir” parcela da sociedade e garantir o avanço de uma reforma trabalhista que retire direitos. “Os direitos foram se consolidando, por isso chamamos de Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e de repente, num momento de dificuldade econômica, você pode pôr tudo isso a perder”, aponta. Fernandes também critica o PLC 30, que tramita no Senado, sobre terceirização. Acho que a terceirização precisa, sim, ser regulamentada. Mas entendo que o que deva ser regulamentado é a terceirização da atividade-meio, basicamente. Terceirizar a atividade-fim significa, nesse aspecto, precarização de direitos, afirma. Justiça do Trabalho Atualmente, os trabalhadores da Indústria são os que mais recorrem à Justiça do Trabalho para reclamar seus direitos. “Propostas como a flexibilização dos direitos trabalhistas e a predominância do negociado sobre o legislado, ambas com forte apoio do governo ilegítimo de Michel Temer, atingem em cheio os trabalhadores do setor vestuário. Somos um dos setores com forte índice de trabalho precário e a Justiça do Trabalho é a única esperança para a resolução de muitos conflitos. Se não houver direitos, não haverá o que reclamar”, lamenta Cida Trajano, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Vestuário da CUT (CNTRV).



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