Paraíso do Tuiuti denuncia golpe, manipulação da mídia e reformas do governo Temer na Sapucaí

Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, escola tem crítica ao golpe, patos da Fiesp manipulados e presidente vampiro. Escola tem mais de 70% dos votos em enquete do UOL.

Escrito por: Redação CUT • Publicado em: 14/02/2018 - 11:27 Escrito por: Redação CUT Publicado em: 14/02/2018 - 11:27

Divulgação

Com carteiras de trabalho rasgadas, clara denúncia contra a reforma Trabalhista do governo do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDb-SP), que acabou com a CLT, manipulados com camisa da CBF montados em patos amarelos, o vampiro Temeroso, volta da escravidão e muita crítica ao golpe e suas consequências para os brasileiros, a Paraíso do Tuiuti levantou o público na noite desta segunda-feira (11) na passarela da Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ).

Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os 130 anos da Lei Áurea, a escola denunciou o golpe midiático-jurídico- parlamentar de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e fez duras crítica ao atual governo. Em uma das alas, como a das reformas Trabalhista e previdenciária, que Temer quer votar no próximo dia 19, os carnavalescos deixaram claro que essa é nova escravidão que Temer  sua turma querem impor à classe trabalhadora brasileira.

“Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas querem se manifestar e é forma de manifestar da minha parte”, disse em entrevista professor de história Léo Morais, que interpretou o Michel Temer Vampiro na última alegoria da escola, intitulada “Navio neo tumbeiro”.

Outra ala de destaque no desfile da Tuiuti foi a dos “manifestantes fantoches”, que ironizou os chamados paneleiros que saíram às ruas com camisetas do Brasil pedindo o impeachment de Dilma. A escola de samba utilizou mãos gigantes representando a mídia, que controlava esses paneleiros envolvidos por patos amarelos, em referência à campanha da Fiesp contra o aumento de impostos que inflamou a população contra o governo petista.

A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”, rapidamente abafado pela transmissão da Globo.

Em pesquisa colocada no site do UOL na amanhã desta segunda-feira sobre a melhor escolar a desfilar na noite de ontem, a Paraíso do Tuiuti está vencendo com 70,90% dos votos.

Confira a letra do samba-enredo:

Meu Deus, meu Deus! Está extinta a escravidão?

Paraíso do Tuiuti

Irmão de olho claro ou da Guiné

Qual será o valor? Pobre artigo de mercado

Senhor eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor 

Tenho sangue avermelhado

O mesmo que escorre da ferida

Mostra que a vida se lamenta por nós dois

Mas falta em seu peito um coração

Ao me dar escravidão e um prato de feijão com arroz

 

Eu fui mandinga, cambinda, haussá

Fui um rei egbá preso na corrente

Sofri nos braços de um capataz

Morri nos canaviais onde se planta gente

 

Ê calunga! Ê ê calunga!

Preto Velho me contou, Preto Velho me contou

Onde mora a sengora liberdade

Não tem ferro, nem feitor

 

Amparo do rosário ao negro Benedito

Um grito feito pele de tambor

Deu no noticiário, com lágrimas escrito

Um rito, uma luta, um homem de cor 

 

E assim, quando a lei foi assinada

Uma lua atordoada assistiu fogos no céu

Áurea feito o ouro da bandeira

Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel

 

Meu Deus! Meu Deus!

Se eu chorar não leve a mal

Pela luz do candeeiro

Liberte o cativeiro social

 

Não sou escravo de nenhum senhor

Meu Paraíso é meu bastião

Meu Tuiuti o quilombo da favela

É sentinela da libertação

 

Com apoio do Brasil de Fato

Título: Paraíso do Tuiuti denuncia golpe, manipulação da mídia e reformas do governo Temer na Sapucaí, Conteúdo: Com carteiras de trabalho rasgadas, clara denúncia contra a reforma Trabalhista do governo do ilegítimo e golpista Michel Temer (MDb-SP), que acabou com a CLT, manipulados com camisa da CBF montados em patos amarelos, o vampiro Temeroso, volta da escravidão e muita crítica ao golpe e suas consequências para os brasileiros, a Paraíso do Tuiuti levantou o público na noite desta segunda-feira (11) na passarela da Sapucaí, no Rio de Janeiro (RJ). Com o enredo “Meu Deus, meu Deus, está extinta a escravidão?”, sobre os 130 anos da Lei Áurea, a escola denunciou o golpe midiático-jurídico- parlamentar de 2016 contra a ex-presidenta Dilma Rousseff e fez duras crítica ao atual governo. Em uma das alas, como a das reformas Trabalhista e previdenciária, que Temer quer votar no próximo dia 19, os carnavalescos deixaram claro que essa é nova escravidão que Temer  sua turma querem impor à classe trabalhadora brasileira. “Eu acho que a gente está fazendo uma coisa que todo mundo quer. Todo mundo quer botar pra fora, as pessoas querem gritar o “Fora Temer”, as pessoas querem se manifestar e é forma de manifestar da minha parte”, disse em entrevista professor de história Léo Morais, que interpretou o Michel Temer Vampiro na última alegoria da escola, intitulada “Navio neo tumbeiro”. Outra ala de destaque no desfile da Tuiuti foi a dos “manifestantes fantoches”, que ironizou os chamados paneleiros que saíram às ruas com camisetas do Brasil pedindo o impeachment de Dilma. A escola de samba utilizou mãos gigantes representando a mídia, que controlava esses paneleiros envolvidos por patos amarelos, em referência à campanha da Fiesp contra o aumento de impostos que inflamou a população contra o governo petista. A passagem das últimas alas e alegorias levou a plateia ao delírio, que aplaudiu e respondeu à agremiação com um “Fora, Temer”, rapidamente abafado pela transmissão da Globo. Em pesquisa colocada no site do UOL na amanhã desta segunda-feira sobre a melhor escolar a desfilar na noite de ontem, a Paraíso do Tuiuti está vencendo com 70,90% dos votos. Confira a letra do samba-enredo: Meu Deus, meu Deus! Está extinta a escravidão? Paraíso do Tuiuti Irmão de olho claro ou da Guiné Qual será o valor? Pobre artigo de mercado Senhor eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor  Tenho sangue avermelhado O mesmo que escorre da ferida Mostra que a vida se lamenta por nós dois Mas falta em seu peito um coração Ao me dar escravidão e um prato de feijão com arroz   Eu fui mandinga, cambinda, haussá Fui um rei egbá preso na corrente Sofri nos braços de um capataz Morri nos canaviais onde se planta gente   Ê calunga! Ê ê calunga! Preto Velho me contou, Preto Velho me contou Onde mora a sengora liberdade Não tem ferro, nem feitor   Amparo do rosário ao negro Benedito Um grito feito pele de tambor Deu no noticiário, com lágrimas escrito Um rito, uma luta, um homem de cor    E assim, quando a lei foi assinada Uma lua atordoada assistiu fogos no céu Áurea feito o ouro da bandeira Fui rezar na cachoeira contra bondade cruel   Meu Deus! Meu Deus! Se eu chorar não leve a mal Pela luz do candeeiro Liberte o cativeiro social   Não sou escravo de nenhum senhor Meu Paraíso é meu bastião Meu Tuiuti o quilombo da favela É sentinela da libertação   Com apoio do Brasil de Fato



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