Ter consciência para ter igualdade.

Nota da Secretaria Nacional pela Igualdade Racial da CNTRV/CUT

Escrito por: Arlete Silva - Sec. pela Igualdade Racial da CNTRV/CUT • Publicado em: 20/11/2018 - 11:47 • Última modificação: 20/11/2018 - 13:20 Escrito por: Arlete Silva - Sec. pela Igualdade Racial da CNTRV/CUT Publicado em: 20/11/2018 - 11:47 Última modificação: 20/11/2018 - 13:20

Arte: CNTRV

                A eleição de um Presidente cujas declarações incentivam o racismo e a intolerância, significa o fim do intervalo histórico de 14 anos em que o Estado brasileiro adquiriu e promoveu um pouco mais de consciência sobre os 518 anos de discriminação de seu povo negro.  Jair Bolsonaro (PSL) não reconhece a dívida histórica do país com sua população negra e ironiza a luta por igualdade racial.

               Neste contexto, o Dia Nacional da Consciência Negra de 2018 toma uma proporção ainda mais importante. Avanços conquistados durante os governos democráticos e populares desenvolvidos pelo Partido dos Trabalhadores podem estar com os dias contados. É o caso das cotas nas universidades, sobre as quais o presidente eleito prometeu mudanças que arrancam da juventude negra e pobre o acesso ao ensino superior público e de qualidade.

                Em nosso país, os negros representam 54% da população. No grupo dos 10% mais pobres, os negros representam 75% das pessoas, mas entre o 1% mais rico, somam apenas 17,8% dos integrantes.

                As mulheres negras, assim como a juventude, são ainda mais afetadas. Para elas, o desemprego é 50% maior que para o resto da população, sem contar que os índices de violência também são piores para mulheres e jovens negros.

                O racismo persiste em nossa sociedade e suas consequências vão além das ofensas verbais e morais. Ele se faz presente no emprego, na moradia, no acesso aos serviços públicos e privados, nos salários, nas condições de trabalho e nas oportunidades. A cor da pele ainda determina a vida e a morte de milhares de jovens nas periferias Brasil afora.

                A população negra ainda é escrava da consciência de nossos governantes que pouco ou nada fazem para combater o racismo e implementar políticas públicas que resultem em mais oportunidades na vida e no trabalho de milhões de negros e negras.

                Para ter igualdade, primeiro é preciso ter “consciência”. A resistência que marcou nosso passado será ainda mais necessária para o nosso futuro.

Arlete Silva Santos – Secretária pela igualdade racial da CNTRV/CUTArlete Silva Santos – Secretária pela igualdade racial da CNTRV/CUT

Título: Ter consciência para ter igualdade., Conteúdo:                 A eleição de um Presidente cujas declarações incentivam o racismo e a intolerância, significa o fim do intervalo histórico de 14 anos em que o Estado brasileiro adquiriu e promoveu um pouco mais de consciência sobre os 518 anos de discriminação de seu povo negro.  Jair Bolsonaro (PSL) não reconhece a dívida histórica do país com sua população negra e ironiza a luta por igualdade racial.                Neste contexto, o Dia Nacional da Consciência Negra de 2018 toma uma proporção ainda mais importante. Avanços conquistados durante os governos democráticos e populares desenvolvidos pelo Partido dos Trabalhadores podem estar com os dias contados. É o caso das cotas nas universidades, sobre as quais o presidente eleito prometeu mudanças que arrancam da juventude negra e pobre o acesso ao ensino superior público e de qualidade.                 Em nosso país, os negros representam 54% da população. No grupo dos 10% mais pobres, os negros representam 75% das pessoas, mas entre o 1% mais rico, somam apenas 17,8% dos integrantes.                 As mulheres negras, assim como a juventude, são ainda mais afetadas. Para elas, o desemprego é 50% maior que para o resto da população, sem contar que os índices de violência também são piores para mulheres e jovens negros.                 O racismo persiste em nossa sociedade e suas consequências vão além das ofensas verbais e morais. Ele se faz presente no emprego, na moradia, no acesso aos serviços públicos e privados, nos salários, nas condições de trabalho e nas oportunidades. A cor da pele ainda determina a vida e a morte de milhares de jovens nas periferias Brasil afora.                 A população negra ainda é escrava da consciência de nossos governantes que pouco ou nada fazem para combater o racismo e implementar políticas públicas que resultem em mais oportunidades na vida e no trabalho de milhões de negros e negras.                 Para ter igualdade, primeiro é preciso ter “consciência”. A resistência que marcou nosso passado será ainda mais necessária para o nosso futuro.



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