8 de março: mulheres da CUT protestarão contra a reforma da Previdência

Aposentadoria cinco anos antes dos homens é um direito conquistado que agora está em risco, alerta a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT, ao convocar para ato em São Paulo

Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT • Publicado em: 03/03/2017 - 08:23 Escrito por: Comunicação CNTRV/CUT Publicado em: 03/03/2017 - 08:23

Divulgação

Com lema Reaja ou Morra Trabalhando, a CUT Mulheres convoca as trabalhadoras para protestar no próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer que, entre outras mudanças, pretende acabar com o direito delas de se aposentarem cinco anos antes dos homens. 

Segundo a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista, a aposentadoria antecipada das mulheres é um direito conquistado previsto em diversos países, e se deve à dupla ou até tripla jornada a elas imposta. Além do cuidado com a casa e a família, a mulher tem de buscar qualificação ainda maior do que os homens para poder competir no mercado de trabalho.

A imposição de idade mínima de 65 anos para ter acesso às aposentadorias é especialmente cruel com duas categorias, segundo Junéia: as professoras e as trabalhadoras rurais. Devido à jornada estafante do magistério, os professores também contam com a possibilidade de se aposentarem cinco anos antes das demais categorias, direito que também deve ser extinto com a reforma de Temer.

Para as trabalhadoras rurais, a questão é que elas começam a trabalhar ainda muito jovens. Com 10 ou 12 anos, já acompanham os pais na roça, ou cuidam da casa enquanto eles estão na lida. "É um trabalho muito desgastante. Nunca vão conseguir chegar aos 65 anos trabalhando", destacou Junéia em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (2). 

Ela prevê, ainda, que as mudanças propostas pela reforma podem desestimular as empregadas domésticas a se formalizarem e contribuírem para a Previdência. "O que está por trás disso, todo mundo sabe. É entregar a Previdência para o capital privado internacional."

Além da reforma da Previdência, o combate à violência contra a mulher, o assédio no ambiente de trabalho e a descriminalização do aborto também serão temas da mobilização. 

O ato promovido pela CUT Mulheres tem concentração marcada para 14h, em frente à superintendência regional do INSS, localizada no viaduto Santa Efigênia, no centro de São Paulo. Na sequência, as mulheres da CUT participam do ano unificado que tem concentração a partir das 15h, na Praça da Sé, também na região central. 

Título: 8 de março: mulheres da CUT protestarão contra a reforma da Previdência, Conteúdo: Com lema Reaja ou Morra Trabalhando, a CUT Mulheres convoca as trabalhadoras para protestar no próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, contra a reforma da Previdência proposta pelo governo Temer que, entre outras mudanças, pretende acabar com o direito delas de se aposentarem cinco anos antes dos homens.  Segundo a secretária nacional da Mulher Trabalhadora da CUT, Junéia Martins Batista, a aposentadoria antecipada das mulheres é um direito conquistado previsto em diversos países, e se deve à dupla ou até tripla jornada a elas imposta. Além do cuidado com a casa e a família, a mulher tem de buscar qualificação ainda maior do que os homens para poder competir no mercado de trabalho. A imposição de idade mínima de 65 anos para ter acesso às aposentadorias é especialmente cruel com duas categorias, segundo Junéia: as professoras e as trabalhadoras rurais. Devido à jornada estafante do magistério, os professores também contam com a possibilidade de se aposentarem cinco anos antes das demais categorias, direito que também deve ser extinto com a reforma de Temer. Para as trabalhadoras rurais, a questão é que elas começam a trabalhar ainda muito jovens. Com 10 ou 12 anos, já acompanham os pais na roça, ou cuidam da casa enquanto eles estão na lida. É um trabalho muito desgastante. Nunca vão conseguir chegar aos 65 anos trabalhando, destacou Junéia em entrevista à Rádio Brasil Atual na manhã de hoje (2).  Ela prevê, ainda, que as mudanças propostas pela reforma podem desestimular as empregadas domésticas a se formalizarem e contribuírem para a Previdência. O que está por trás disso, todo mundo sabe. É entregar a Previdência para o capital privado internacional. Além da reforma da Previdência, o combate à violência contra a mulher, o assédio no ambiente de trabalho e a descriminalização do aborto também serão temas da mobilização.  O ato promovido pela CUT Mulheres tem concentração marcada para 14h, em frente à superintendência regional do INSS, localizada no viaduto Santa Efigênia, no centro de São Paulo. Na sequência, as mulheres da CUT participam do ano unificado que tem concentração a partir das 15h, na Praça da Sé, também na região central. 



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